O
ambiente escolar é um espaço privilegiado de acolhimento e de convivência.
O respeito precisa ser
um convidado cotidiano dessas relações. Da ausência do respeito e da compaixão,
surge o bullying.
A palavra
"bullying" deriva do adjetivo inglês "bully", que significa
"valentão", "tirano", termos direcionados àqueles que,
julgando-se superiores física ou psicologicamente, são capazes de atos
desumanos para intimidar, tiranizar, amedrontar e humilhar outra pessoa.
Certamente, essas práticas violentas ocorrem, há anos e anos, nos espaços
escolares e, não raro, foram – e ainda são – classificadas, inadvertidamente,
como brincadeiras de criança, sem grande importância. Toda a ausência de
respeito reveste-se de grande importância. Um aluno que costuma agir
inadequadamente nos bancos escolares terá maior probabilidade de fazê-lo em
outros ambientes; afinal, a escola é o celeiro da vida.
E a vida precisa de
ética. A regra de ouro da ética é "não faça ao outro o que não gostaria
que fizessem com você". O agente do bullying, ou o que aplaude ou apenas
assiste à ação indesejada, age sem ética. Não pensa na dor do outro. Na
humilhação. No sentimento de inferioridade que nasce de ações repetidas.
Essas ações não podem
ser negadas ou desconsideradas. É preciso ter o conhecimento e a
conscientização do problema, por parte de todos os envolvidos: estudantes,
família, educadores e comunidade – sensibilizando para a extinção de uma
violência silenciada, na maioria das vezes, pelo medo e pela dor.
Aliás, é esse um outro
grave problema da vítima. Ela fica em silêncio. Sofre em silêncio. Se nas
famílias houvesse diálogo, os efeitos seriam menos danosos. Mas os filhos têm
vergonha dos pais. Ou medo. O que não é bom. A família tem de semear um espaço
em que as máscaras sociais possam ser deixadas de lado, em que as fraquezas
sejam socializadas, em que um compreenda a dor do outro. Voltamos à ética ou à
compaixão.
Por ser uma prática,
invariavelmente, dissimulada e clandestina, os números reveladores da dimensão
desse mal em todo o mundo correm o risco de serem insuficientes. Muitos
diretores de escola e professores, por exemplo, omitem ou camuflam atitudes
agressivas ocorridas dentro da instituição, com receio de se tornarem alvos dos
agressores ou, até mesmo, de verem suas fragilidades expostas à sociedade. Como
uma epidemia sem controle, o bullying vem se instalando e se expandindo, de
forma avassaladora, entre nossas crianças e entre nossos jovens
Quem já não recebeu um apelido ofensivo na
escola? Ou mesmo sofreu na mão de um grupo de colegas brincadeiras de mau gosto
no colégio? Exemplos não faltam. Práticas como essas estão bastante freqüentes
nas escolas, possibilitando a falta de
ética que nessa perspectiva podemos considerá-la como princípios, visto
que, os seres humanos merecem respeito de seus semelhantes. .O bullying é praticado em 100% das escolas de todo o mundo. Na maioria das vezes, ele é visto como brincadeira própria do amadurecimento da criança. Mas é devido a essa interpretação equivocada que a prática vem se alastrando cada vez mais.
Embora no Brasil esse tema seja pouco discutido nas escolas, existem alguns estados que iniciaram estudos e trabalhos voltados para o supracitado tema, entre eles São Paulo e Paraíba.
Diante do que foi exposto, pensou-se em desenvolver um projeto pedagógico com a finalidade de: a) Conversar com as turmas sobre o assunto, discutindo sobre a necessidade de se respeitarem as diferenças de cada um; b) refletir com eles sobre como deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e respeitados.
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